[Brasília]: Entre janeiro e outubro, brasilienses compraram um carro a cada 4 minutos

Esse é o nosso mundo…

Fonte: Correio Braziliense

Entre janeiro e outubro, brasilienses compraram um carro a cada 4 minutos
A frota brasiliense, com mais de 1,2 milhão de automóveis, ganhou o reforço de 96.265 unidades 0km. Confirmadas as previsões do setor, até dezembro outras 17 mil estarão nas ruas da capital federal

Diego Amorim

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Haja rua para tanto carro. Dados obtidos com exclusividade pelo Correio reforçam que a volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não arrefeceu a venda de veículos novos no Distrito Federal. Nos primeiros 10 meses do ano, 96.295 automóveis deixaram os pátios das concessionárias, segundo o balanço mais recente do sindicato do setor. Equivale dizer que um carro foi vendido a cada quatro minutos e meio — isso se as lojas funcionassem 24 horas, de segunda a segunda.

Em 2009, 113.686 veículos novos ganharam as vias da capital federal. A frota atual, segundo o Departamento de Trânsito (Detran), ultrapassa 1,2 milhão. Em ritmo frenético, as concessionárias devem comemorar ao fim deste ano o melhor desempenho da história. Serão pelo menos mais 17 mil carros rodando em Brasília até dezembro, caso se confirmem as previsões do setor. A ordem é bater recordes nos próximos dois meses.

No mês passado, o total de unidades comercializadas chegou a 10.414. Houve um recuo de 2,6% na comparação com setembro e de 7,2% em relação a outubro passado. Mesmo assim, as vendas contribuíram para que o acumulado do ano registre, até aqui, um avanço de 0,8% ante o mesmo período do ano passado. A tendência, sustenta o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do DF (Sincodiv-DF), Ricardo Lima, é que os números de 2010 superem os de 2009.

Tradicionalmente, muita gente pensa em trocar de carro no fim do ano. E com o 13º salário na conta, fica mais fácil tomar a decisão. “Mesmo tendo como referência um ano extraordinário como 2009, por conta do IPI reduzido, provavelmente vamos vender mais este ano”, comenta Lima, antes de lembrar que o consumo de veículos no Brasil só não é maior do que na China, nos Estados Unidos e no Japão. “E em 2011, não restam dúvidas, vamos continuar crescendo”, acredita.

O bom momento da economia brasileira, associado ao crédito em abundância e às facilidades de pagamento, deixa eufóricos vendedores e clientes. Em meia hora — ou antes disso — o cadastro é aprovado e o interessado pode levar para casa um veículo parcelado em até seis anos, sem nada de entrada. “As montadoras estão oferecendo bonificações agressivas. Ninguém no mercado está disposto a perder venda”, comenta Estenio Costa, gerente da Bravesa, concessionária da Volkswagen.

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